terça-feira, 29 de julho de 2008

O carteiro de Pablo Neruda como dizem os portugueses

Ontem assisti: O carteiro e o Poeta, e percebi como somos importantes para algumas pessoas e nem sabemos; deixo aqui um pouquinho do Neruda para quem me acha importante e eu ainda não percebi:

Pássaro
Aquilo que ontem cantava

já não canta.

Morreu de uma flor na boca:

não do espinho na garganta.

Ele amava a água sem sede,

e, em verdade,

tendo asas, fitava o tempo,

livre de necessidade.

Não foi desejo ou imprudência:

não foi nada.

E o dia toca em silêncioa

desventura causada.

Se acaso isso é desventura:

ir-se a vida sobre uma rosa tão bela,

por uma tênue ferida.

Um comentário:

Unknown disse...

Só pra dizer que estive aqui...rsrsrsr