segunda-feira, 1 de março de 2010

Quando recebemos um buquê de rosas vermelhas, você se encanta e se emociona. Mas já parou para entender e vê o resultado de todas elas juntas? Não é olha para a flor, mas para o conjunto delas. Acabamos vendo um aglomerado de pétalas, centenas delas. Mas quando você ganha uma rosa, apenas uma e solitária flor, a gente vê a beleza singular que ela possui. Percebemos os detalhes e odores. A gente vê cada pétala como se fosse única e exclusiva. E pensamos assim: “Aquela flor nasceu para chegar a nossas mãos’. “Aquele botão é meu e de mais ninguém”. É como se aquela flor, concentrasse todo o carinho do ato, todo o amor em uma flor perfeita. Não perdemos tempo escolhendo cada uma das flores de um buquê. Mas se você for presentear alguém com uma rosa, ficará um tempão escolhendo a mais bela e perfeita delas. É isso. E onde eu quero chegar? Relacionando essa única flor escolhida entre tantas ao amor da nossa vida. A diferença fica em relação ao valor que damos a pessoa que escolhemos para amar.
Prefiro uma rosa a um buquê.
Somos homens e mulheres de espírito inquieto. Buscamos na nossa vida maisdo que foi dado. Passamos por grandes provas para nos aproximar dos peixes. Transformamos nossos pés em grandes nadadeiras, seguramos o calor donosso corpo com peles falsas e chegamos ate a levar um novo pulmão em nossas costas. E tudo isto para quê ? Para podermos satisfazer uma paixão, um sonho. Porque nós, algum dia, de alguma forma, fomos apresentados a um mundo novo. Um mundo de silêncio, calma, mistério, respeito e amizade. E esta calma e silêncio nos fizeram esquecer da bagunça e agitação do nosso mundo natal. O mistério envolveu nosso coração sedento de aventura.
O respeito que aprendemos a ter pelos verdadeiros habitantes desse mundo. Respeito esse que, só depois de ter sentido a inocência de um peixe, a inteligência de um golfinho, a majestade de uma baleia ou mesmo a força de um tubarão, podemos compreender.
E a amizade. Quando vamos até o fundo do mar, descobrimos que ali jamais poderíamos viver sozinhos. Então levamos mais alguem. E esta pessoa, chamada de dupla, companheiro ou simplesmente amigo, passa a ser importante para nós. Porque, além de poder salvar nossa vida, passa a compartilhar tudo que vimos e sentimos. E em duplas, passamos a ter equipes, e estas passam a ser cada vez maiores e mais unidas. E assim entendemos que somos todos velhos amigos mesmo que não nos conheçamos. E esse elo que nos une é maior que todos os outros que já encontramos.
E isso faz com que nós mais do que amigos, sejamos irmãos. Faz de nós, mergulhadores.(Jacques Yves Cousteau- Carta aos Mergulhadores)
Deixo aqui a minha sugestão... experimente por uma hora agir como um mergulhador! e depois me contem!
Abraços!
Professora Mara